Autismo: Educação Inclusiva é um direito para famílias e comunidade

Karina Anunciato e Michael Franco

Motivada a explorar o potencial dos pacientes, a neuropediatra salienta, "O limite nós não sabemos qual será, isso é de cada um". (Foto: Assessoria)

Educação Inclusiva – este foi um dos assuntos do Papo Cabeça desta sexta-feira (12), no Jornal das Sete. A neuropediatra, Maria José Maldonado, explicou que a sociedade sempre teve dificuldade de incluir alunos com autismo nas escolas, mas é fundamental enfrentar este desafio.

“Educação Inclusiva é quando uma criança portadora de alguma necessidade especial, tem o direito de ter o acompanhamento de um professor, que adapte o currículo e que o inclua dentro da sala de aula. Então não é qualquer professor. É um professor que tem que ter uma formação própria em educação especial. Isso já é lei a muitos anos, desde 1996”. 

Com 35 anos de experiência profissional, Maldonado recusa o título de vitimização para crianças com autismo. 

“Coitadinho. Essa é uma palavra que eu detesto. Ninguém é coitadinho. E eu trabalho muito dentro das famílias para que ele seja o melhor que ele puder. Nós todos vamos trabalhar juntos para que ele consiga chegar onde ele puder. O limite nós não sabemos qual será, isso é de cada um”.

Num cenário de aumento de casos de Transtorno Espectro Autista (TEA)- de 1 para cada 80 crianças – a médica ressalta que neste quadro do autismo não há regressão de desenvolvimento, com estímulo e terapêuticas adequadas sempre vai acontecer evolução. Quanto à socialização com a comunidade escolar e outras crianças, Maria José explica que só o fato de ir à escola o autista já vai melhorando seu desenvolvimento e todo mundo ganha com isso.

“O começo, os primeiros são difíceis. Ele passa pelo período de adaptação, mas depois as dificuldades passam… e é muito legal como as crianças vivenciam e aceitam o outro que é diferente e ajudam para sua adaptação”.

A entrevista completa com a neuropediatra Maria José Maldonado, você confere aqui: