‘Dama do Rasqueado’ avalia evolução da liberdade feminina, na Semana da Mulher

Karina Anunciato e Michael Franco

Delinha é homenageada na FM Educativa UCDB, no quadro 'Elas por Elas" em comemoração a Semana da Mulher (Foto: Arquivo Pessoal)

Aos 84 anos e vacinada contra a covid-19, Delanira Pereira Gonçalves, a Delinha – a Dama do Rasqueado – contou através de seu olhar experiente a trajetória da mulher em busca de espaço na sociedade. Ela lembrou de uma época em que as liberdades femininas eram cerceadas pelos pais e pelos maridos.

Agora tem o Dia da Mulher, antes não tinha, a mulher era sempre jogadinha para trás.  No meu tempo quando eu comecei era difícil. Quando eu fui para São Paulo foi difícil, porque a mulher não tinha vez não, só fazia o que o marido mandava, o que o pai falava e pronto. Não tinha vez não. Agora graça a Deus a mulher tem mais força na sociedade. Antes falava: Atrás de um grande homem, existe uma grande mulher. Hoje em dia não! Tem que falar, ao lado de  um grande homem, existe uma grande mulher”.

De ‘Dama do Rasqueado’ a ‘Musa da Vacina’, Delinha fala da saudade do neto durante a pandemia (Foto: Arquivo Pessoal)

Em relação ao preconceito Delinha disse que não sentiu muito este preconceito porque tinha Délio a seu lado que mantinha o distanciamento das críticas e comentários mais 

“Tinha preconceito. Mas não era muito, porque eu era casada. O Délio era (pausa), sabe?! Chato! Eu conversava pouco com as pessoas, cantava muito, ele que mandava. Então o que ele fala pronto, e ninguém tocava. Só que muita coisa você não podia fazer, uma mulher grávida não podia cantar no show, nem nada de jeito nenhum, era um problema muito sério sabe?! Agora não, graças a Deus mudou tudo isso aí, a mulher grávida mostra até a barriga, não tem problema nenhum, e eu acho que está tudo certo que a gravidez é a coisa mais bonita que tem, né?!

A entrevista completa com a Delinha, você confere aqui: