Independente do tamanho da produção, o agronegócio brasileiro demonstrou sua força, mais do nunca durante a pandemia da covid-19, manteve a economia do país ativa e assegurou o abastecimento mesmo com cenário econômico adverso. Em resposta à pujança do setor, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento aumentou em 6,3% o valor investido no Plano Safra 2021/22, comparado ao período anterior. O programa é a garantia de financiamento para aquisição, construção de instalações, insumos e equipamentos para produtores rurais.
Em entrevista ao Jornal das Sete, o Axel Soethe, assessor do segmento Agro do Sicredi União MS/TO e Oeste da Bahia explicou que um dos diferenciais deste Plano Safra é o incentivo às práticas sustentáveis.
“Para este novo Plano Safra do montante, R$13 bilhões vão para a equalização de juros, R$73,4 bilhões vão para a parte de investimentos, R$ 39,34 bilhões vão para o Pronaf – Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – e R$5 bilhões para o programa ABC, aumento de 100% nessa linha, o Plano Safra ficando cada vez mais sustentável – a agricultura de baixo carbono sempre tendo destaque nas pautas do governo – e R$1 bilhão para o seguro rural para dar mais segurança ao produtor rural”.
O ABC é o Programa para Redução de Emissão de Gases de Efeito Estufa na Agricultura, esta é a principal linha para financiamento de técnicas sustentáveis. Os recursos desta linha terão taxa de juros de 5,5% e 7% ao ano, carência de até oito anos e prazo máximo de pagamento de 12 anos.
Este ano, o governo federal destinou R$ 251,22 bilhões para apoiar a produção agropecuária nacional. O valor é R$ 14,9 bilhões a mais que o programa anterior. Soethe explicou que independente do perfil do produtor – pequeno, médio ou grande porte – há linhas de financiamentos com o incentivo. “Hoje a nossa maior base dentro da cooperativa é de agricultores familiares, pequenos e médios produtores, então sim, são muito beneficiados pelo Plano Safra”.
Atualmente o Sicredi é o segundo maior repassador dos recursos controlados pelo Plano Safra. Entre as instituições privadas já é a primeiro. “Em cada ano, se consolidando mais no mercado, difundindo ainda mais o cooperativismo em todo o país”.
A entrevista completa com Axel Soethe, você confere aqui: