Problemas cardiovasculares aumentam cerca de 30% no frio

Michael Franco

Reprodução - Governo do Estado

As baixas temperaturas não trazem apenas o uso de casacos, cobertores e a preocupação com o sistema respiratório. É preciso também dar atenção ao coração. De acordo com o presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado de Mato Grosso do Sul, Gabriel Doreto “no frio os problemas cardiovasculares podem aumentar de 20% a 30%”.

O cardiologista falou sobre o assunto durante entrevista ao Jornal das Sete desta segunda-feira (12). O primeiro que corrobora para o aumento dos problemas relacionados ao sistema cardiovascular é o ajuste que o organismo faz em baixas temperaturas. “Ocorre o aumento dos níveis de pressão arterial e o coração, na tentativa de manter o metabolismo e o corpo aquecido, acelera a frequência de batimentos. Nesse sentido, associado à outras mudanças como aumento a viscosidade do sangue, fatores ambientais, tudo isso pode proporcionar maiores complicações”.

O comum aumento das problemas respiratórios no frio também são fatores de risco para o sistema cardiovascular. “No frio as pessoas costumam ficar mais aglomeradas em lugares fechados e isso permite a maior propagação de infecções”. Por isso é importante ter cuidados nesse sentido, fator que as regras de biossegurança da covid-19 auxiliam.

Para evitar o surgimento ou piora das doenças cardiovasculares em meio à queda nas temperaturas, a recomendação é resistir às tentações do frio. “Naturalmente as pessoas reduzem as atividades físicas e passam a se alimentar com alimentos mais calóricos. Esses fatores, alimentação e exercício, mantém a saúde vascular em dia. Então a sugestão que nós damos é manter a atividade e manter a alimentação saudável.”

Ouça a entrevista completa com o presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado de Mato Grosso do Sul, Gabriel Doreto: