Toque de Recolher chega ao fim em Campo Grande

Michael Franco

Medida foi alterada 12 vezes antes de terminar (Foto: Divulgação/PMCG)

A partir desta sexta-feira (16), Campo Grande não tem mais toque de recolher. Depois de alterar doze vezes o período da medida, o prefeito Marquinhos Trad decidiu não prorrogar o resguardo que em sua última versão vigorava da 1h às 5h.

Ele afirmou que a Prefeitura acompanha a taxa de ocupação dos leitos de UTI para decidir a continuidade das ações. Conforme o índice de internados caía, o toque de recolher também era reduzido. O próximo passo, segundo Trad, era o resguardo das 3h às 5h, mas considerou ineficiente.

Vale lembrar que nas últimas reuniões da comissão que decidia o futuro de Campo Grande em relação à pandemia, os órgãos representativos do comércio, como a CDL e a ACICG, já pediam o fim do toque de recolher. 

No início do mês, o secretário Municipal de Segurança e Defesa Social, Valério Azambuja já havia adiantado para a FM UCDB que era possível que a medida acabasse. Ele garantiu que o trabalho de fiscalização da Guarda Civil Metropolitana continuaria mesmo sem a manutenção do decreto.

“É possível a Guarda continuar fazendo todo trabalho que ela faz sem o toque de recolher. Porque a função do toque de recolher é manter aquele cidadão que está nas ruas de Campo Grande sem justificativa dentro da casa dele. E evitar as aglomerações em espaços públicos e privados. Esse trabalho pode continuar, mas não precisa baixar uma norma bastante restritiva, como o toque de recolher”.

De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde na manhã de ontem, a macrorregião de Campo Grande tem 70% dos leitos de UTI SUS ocupados. A maior parte são de internações de outras doenças. 144 pessoas estão nas UTIS da macrorregião da Capital com a Covid-19.