Os partidos têm até o dia 05 de agosto para homologar os nomes que os representarão nas eleições 2022. Na semana passada o PSB – partido do presidente da Câmara Municipal de Campo Grande e vereador, Carlão (Carlos Augusto Borges) – confirmou o apoio à pré-candidatura de Eduardo Riedel do PSDB. Com a decisão do PSB Estadual o nome cotado para compor chapa na majoritária em busca da governadoria foi do vereador. Sobre o assunto Carlão, ressaltou que está aguardando apenas a chegada de Ricardo Ayache, que está viajando, para definir seu futuro político.
“Eu tô aguardando o partido me lançar de vice ou de deputado federal. Eu tô aguardando. O partido falou que um desses aí eu não escapo. Se eu não for vice, vou ser deputado federal. Então eu tô aguardando o Ricardo Ayache chegar de viagem e assim que ele chegar nós vamos definir. Eu tenho prazo para registrar candidatura até mais para frente. Até o dia 5 tem as convenções e nós temos que ver se o partido vai participar da majoritária junto com o PSDB ou não. Por enquanto eu tô tranquilo, tô aqui na Câmara cuidando do legislativo e por enquanto não sou candidato a nada”.
De acordo com o calendário eleitoral de 2022, a data-limite para que partidos políticos, federações e coligações solicitem o registro de candidatas e candidatos aos cargos de presidente da República, governador e senador, bem como às vagas de deputados federais, estaduais e distritais é o dia 15 de agosto.
Câmara
Depois de duas semanas de recesso parlamentar, a Câmara Municipal de Campo Grande realiza hoje (02) a sua primeira sessão neste segundo semestre. Nos próximos meses que compreende o período eleitoral e que muitos vereadores se candidatarão a outros cargos, Carlão explicou que os trabalhos do legislativo vão transcorrer na normalidade.
“Nós conversamos com todos os vereadores que são candidatos, terças e quintas-feiras nós vamos ter sessão normal, alguns vereadores que por motivo justo que não tiverem em plenário nós vamos abrir para que eles votem online remotamente, mas isso num caso excepcional e com certeza os trabalhos do legislativo vão transcorrer na normalidade, com certeza não vai prejudicar o andamento da casa e assim a população não vai perder com isso”.
Denúncia Marquinhos
Sobre a investigação policial de assédio sexual contra o ex-prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad, o presidente da Câmara ressaltou que não vai permitir que usem a Casa de Leis como massa de manobra.
“O legislativo não pode ser usado como massa de manobra. A função do legislativo é fiscalizar, reivindicar e legislar, nós vamos fazer. Então, nós não vamos ‘emprenhar’ por denúncias de coisas que não são função do legislativo. E se precisar nós vamos atuar mais duro. Mas a princípio a gente quer primeiro que sejam esclarecidos todos esses fatos”.
Ainda Carlão explicou que não vê fato para a criação CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito). Isso porque a investigação parlamentar ocorre em cima do mandatário, do prefeito, da prefeita, com efeito do afastamento de cargo ou cassação de mandato.
“Não cabe isso aí, porque o prefeito renunciou e outra coisa, a questão de improbidade administrativa, não cabe ao legislativo, cabe ao judiciário. O que nós temos que analisar é que nós temos que ter 10 assinaturas dos vereadores para criar CPI. Se for neste sentido – e aí é um posicionamento meu – vai ser uma CPI política, porque só termina depois das eleições e no final vai ser encaminhado ao Ministério Público para fazer a investigação… Então, a polícia já está fazendo, as pessoas culpadas devem pagar por seus atos e a Câmara, neste momento, não cabe CPI – ele não é mais prefeito”.
A entrevista completa com o vereador Carlão você acompanha aqui: