Whatsappinite: uso excessivo do digital pode levar a inflamação dos tendões das mãos

Renan Sales, com supervisão de Karina Anunciato

A revista médica The Lancet descreveu o primeiro caso de whatsappinite em 2014 (Foto: Reprodução)

Assim como quase tudo na vida, o uso exagerado de aparelhos celulares tem se demonstrado prejudicial à saúde das pessoas. Com impactos não apenas na visão e na postura a utilização de horas a fio, trocando mensagens de texto, leva a repetição e a sobrecarga dos dedos – especialmente os dedões. O tensionamento dos músculos e dos tendões pode acarretar em inflamação o que tem sido denominado de Whatsappinite.

Carlos Tavares, fisioterapeuta e professor da UCDB (Foto: Karina Anunciato)

Em entrevista ao Jornal das Sete, desta quinta-feira (18), o fisioterapeuta e professor do curso de Fisioterapia da UCDB, Carlos Tavares, explicou que esta é uma patologia que tem impactado não só as mãos, mas o corpo de modo geral.

“Este problema não se restringe apenas ao uso dos dedos na digitação, mas se estende para outros membros do corpo como cotovelos, pescoço, etc”.

O professor também fez um comparativo sobre a inflamação de extensão do corpo em quem fazia o uso excessivo de datilografia com as DORTs (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho).

“Uma vez que sobrecarrega um tendão em alguma região do corpo com a repetição do movimento, certamente poderá surgir um problema mais sério”. 

Para evitar o desenvolvimento deste tipo de lesão, o professor recomenda a utilização moderada dos aplicativos.

“Evitar a repetição desses movimentos”;

“Diminuir as horas de uso do aparelho celular”;

“Utilizar outros dispositivos do aparelho como o viva-voz, fazendo descansar os dedos”;

“E, orientações de como alongar as estruturas musculares como os braços, pescoço, pernas, costas, etc”.

A entrevista completa com Carlos Tavares você confere aqui: